CUIDADOS COM A SAÚDE DURANTE O CARNAVAL

28 de Fevereiro de 2014

O carnaval está chegando e com ele os cuidados com a saúde, principalmente quando o assunto é Doença Sexualmente Transmissível (DST). Existem diferentes tipos de DSTs, os mais comuns são a gonorreia, clamídia e sífilis, estes transmitidos por bactérias; já as verrugas genitais, herpes genital, hepatite B e o HIV, por vírus. O principal modo de transmissão dessas doenças é o sexo.


Os foliões devem ficar atentos às cadeias de transmissão, que é a transmissão sucessiva entre pessoas. Isso acontece porque muitas pessoas se envolvem com outras sem proteção. “Essa cadeia só é interrompida quando o portador e o parceiro são tratados, por isso é obrigatório o uso de preservativos em todas as relações sexuais”, declara a médica do trabalho da AMO e ginecologista, Tânia Maria de Oliveira.


As DSTs podem ou não ser identificadas. Em seus diversos gêneros, existem aquelas em que não aparecem sintomas. De acordo com a doutora Tânia, a pessoa pode ter vesículas, úlceras, verrugas genitais,  corrimento anormal no órgão feminino ou masculino, ou ainda dores pélvicas, abdominais ou durante o ato sexual. Quando uma DST não é tratada adequadamente pode causar danos irreversíveis, como por exemplo, o câncer de útero, cegueira ou ainda danos neurológicos.


A sífilis é uma das doenças transmitidas por bactéria e pode passar despercebida. Ela causa uma úlcera indolor que contribui para a evolução do seu estágio. Já o herpes é um vírus que acomete pessoas em situações de baixa imunidade. Além das mudanças climáticas, onde ficam propensas às infecções de vias aéreas, o tabagismo e o consumo de álcool diminuem significativamente a imunidade natural. “Vale para o carnaval, depois de alguns dias ela começa com umas bolinhas e, nesta fase, é altamente transmissível”, declara dra. Tânia. Existem tratamentos antivirais, porém o vírus pode resistir e voltar em outro período de baixa resistência.


O HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) é a doença que pode evoluir e se transformar na AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida). “Primeiro a pessoa adquire o HIV, que é o vírus. Já a doença AIDS é adquirida, num segundo momento, pela baixa imunidade e surgimento de doenças oportunistas, como por exemplo, a Pneumocistose - doença pulmonar que tem clínica semelhante à pneumonia. É lógico que o portador do HIV pode ter múltiplos parceiros e o nível da carga viral aumentar. Na medida em que ele não se protege, vai adquirindo nova carga viral. A prevenção para isso é a camisinha e ter um único parceiro”, explica Tânia.


O HPV (Papiloma Vírus Humano) é transmitido por um vírus DNA. “Ele é bem difícil de ser combatido, porque ele entra na célula, atravessa o citoplasma e vai permanecer no DNA. Normalmente, as defesas combatem indo até a superfície da membrana, reconhecendo e combatendo o agente estranho. Como ele está dentro da célula, a defesa vem e a reconhece como de si mesma, então não gera anticorpos. O HPV tem de ser detectado precocemente”, diz a ginecologista.


Fonte


Por: Gabriela Gonçalves