OUTUBRO ROSA: A LUTA CONTRA O CÂNCER DE MAMA

18 de Novembro de 2013

Por Naiara Cabral


O câncer da mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo. Em números, representa 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). 

É um tumor maligno que se desenvolve na mama devido à alterações genéticas num conjunto de células que passam a se dividir desordenadamente. A maioria dos tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas. Por isso é importante fazer os exames preventivos na idade adequada, antes do aparecimento de qualquer sintoma. Entretanto, o nódulo não é o único sintoma de câncer de mama, pode ocorrer vermelhidão na pele, alterações no formato dos mamilos e das mamas, nódulos na axila, secreção escura saindo pelo mamilo, pele enrugada tipo casca de laranja e em estágios avançados, a mama pode apresentar feridas.


Após a identificação de uma alteração na mamografia, ressonância magnética, ecografia ou outros exames de imagem, é necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama para identificar se as células são tumorais ou não. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada doze mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade.


O câncer de mama é dividido em quatro estádios, conforme a extensão da doença: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos mamários; tumor com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila; nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele, assim como as glândulas linfáticas. Sem indícios de metástase e por último tumores de qualquer tamanho com metástase e, geralmente, há comprometimento das glândulas linfáticas.


Os principais fatores de risco para o câncer de mama são: histórico familiar; mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas de câncer de mama; menstruação precoce; menopausa tardia; reposição hormonal; colesterol alto; obesidade; ausência de gravidez; tumor anterior.


Inicialmente todo o câncer de mama tem indicação de tratamento cirúrgico. Entretanto, em alguns casos pode ser que a cirurgia seja combinada com outros tratamentos. O que vai determinar a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais e o estadiamento do tumor. Outro fator determinante para o tratamento do câncer de mama é a idade da paciente e qual o seu estado de saúde.

Os tratamentos para o câncer de mama são divididos entre terapia local, realização de procedimento cirúrgico (parcial ou total), seguido de radioterapia, e terapia sistêmica, que se faz com um conjunto de medicamentos administrados por via oral ou endovenosa.


É fato que durante a quimioterapia a mulher pode sofrer infecções bucais, queda de cabelo, diarreia, náuseas e baixa imunidade e algumas quimioterapias também pode afetar a saúde cardiovascular e o sistema reprodutor. Por isso, se a paciente estiver em idade reprodutiva e pretender ter filhos, vale discutir a hipótese de se fazer o congelamento de óvulos.

O tratamento do câncer de mama ainda pode gerar diminuição da libido, alterações hormonais e incômodos emocionais que podem influenciar diretamente no comportamento sexual da paciente.


A queda de cabelos e a mastectomia são os pontos do câncer de mama que mais podem afetar a autoestima da paciente. O importante é não deixá-la se render e procurar saídas para esses incômodos. Guardar os fios naturais para aplicar em rabo de cavalo quando os cabelos voltarem a crescer, comprar perucas ou usar lenços coloridos, refletem a personalidade e ajudam a mulher a se sentir mais bonita e atraente.


Muito válido é lembrar que nós mulheres hoje somos extremamente pró ativas. Perante isto, torna-se primordial conhecermos nossos direitos, caso estejamos afetadas por esta comorbidade: Reabilitação profissional; auxílio-doença; aposentadoria por invalidez; isenção de imposto de renda;  IPTU; cirurgia de reconstrução mamária.

Outro aspecto muito relevante, que vale ser frisado, é que maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Assim, mediante tamanha importância da precocidade no diagnóstico surgiu o Outubro Rosa. Um movimento popular internacionalmente conhecido, cujo nome se remete à cor do laço rosa, símbolo mundial da luta contra o câncer de mama.

Este movimento começou nos Estados Unidos, com ações isoladas abordando o câncer de mama e estimulando a realização de mamografia no mês de Outubro.


Foi de forma prática e feminina, que o Outubro Rosa atingiu a população e conseguiu mobilizar o mundo em torno desta causa tão nobre. Somos fortes, somos persistentes... Afinal, somos Mulheres!

A campanha continua... Outubro se vai, mas nos deixam preparadas para agir durante todo o ano.


Fonte: Revista Especial Mulher