Segundo a médica Eliane Milhorim, após ser vacinada, a pessoa estará protegida após 10 a 14 dias da aplicação / Divulgação
Durante o inverno o vírus da gripe passa a circular e o período que antecede esta estação do ano é ideal para que as pessoas sejam imunizadas contra a doença. Caso contrário, a possibilidade de contrair o vírus é maior. As campanhas de vacinação são fundamentais na tentativa de erradicar a gripe e contribuem, inclusive, para diminuir as faltas de alunos e trabalhadores, muito comuns nessa época.
De acordo com a médica Eliane Milhorim da Silva, após ser vacinada, a pessoa estará protegida após 10 a 14 dias da aplicação. Entretanto, muitos ainda acreditam no mito de que ao ser vacinado podem desenvolver a gripe. A médica esclarece que este mito se deve ao fato das pessoas receberem a dose da vacina em um período em que o vírus já está circulando, podendo desenvolver a doença antes da imunização. “Um exemplo, a pessoa tem contato com o vírus hoje, irá desenvolver a doença dentro de poucos dias. Se ela recebe a vacina amanhã, irá culpá-la pela doença, que apresentaria de qualquer forma, mesmo não recebendo a vacina. Daí a importância de receber a vacina antes da circulação do vírus.”
Os benefícios da vacinação são imensos. Em primeiro lugar, destaca Milhorim, a vacina evita o desenvolvimento dos sintomas da gripe como febre alta, dores musculares, tosse, indisposição e complicações como sinusite, pneumonia e em alguns casos até a morte. Além de evitar a doença, a vacina evita a falta às aulas, falta ao trabalho por doença própria ou dos filhos, gastos com consultas, pronto atendimento, convênios, medicamentos e até hospitalizações.
A contagiosidade do vírus e o grande número de pessoas atingidas em um curto período de tempo fazem da gripe a doença infecciosa de maior impacto negativo para as empresas. “Há aumento significativo do absenteísmo, que é a falta do colaborador ao trabalho, e também do presenteísmo, situação na qual o trabalhador comparece ao trabalho, mesmo estando doente, com baixa produtividade, mais suscetível a acidentes de trabalho, disseminando o vírus entre os colegas. Além disso, a vacinação diminui os custos com horas extras, remanejamento de pessoal, consultas e medicamentos”, aponta a médica.
Com tantos benefícios, a vacina somente é contra indicada para pessoas que têm alergia a ovo de galinha ou que façam uso prolongado de corticóides por via oral. “Esses casos devem ser discutidos com o médico.”
A vacina pode ser aplicada em qualquer pessoa a partir dos seis meses de vida. A médica explica que é importante saber que os bebês com idade inferior a seis meses não têm proteção, a não ser que a mãe tenha recebido a vacina durante a gestação. Para os lares que têm bebês nesta faixa etária é indicada a vacinação dos contactantes, como pais, avós, irmãos e cuidadores.
Cartão de vacina - Não é somente neste período que o trabalhador deve manter seu cartão de vacinas em dia. “Dependendo da profissão algumas vacinas merecem especial atenção como contra a Hepatite A para manipuladores de alimentos e pessoas que trabalham com crianças, contra a Hepatite B para manicures e pessoal da área da saúde. É importante verificar o calendário de vacinação ocupacional que determina quais vacinas o trabalhador deve receber, de acordo com sua área de atuação”, finaliza a médica Eliane Milhorim.